Após completar pouco mais de um ano de formação, quando desenvolveu uma série de ações para sensibilizar a sociedade civil e o poder público sobre a importância da construção democrática de um Plano Municipal do Livro e da Literatura, o Grupo de Discussão-PMLL conseguiu em 2014 o compromisso da Secretaria da Cultura e a Secretaria de Educação com a portaria municipal, criando o Grupo de Trabalho para a Elaboração do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca. A proposta visa à democratização do acesso; fomento à Leitura e à formação de Mediadores; valorização institucional da leitura e o incremento de seu valor Simbólico; desenvolvimento da Economia do Livro.
Esse percurso, iniciado em 2013, passou por diferentes etapas com a elaboração de um documento de compromisso para os candidatos a prefeito, mesa sobre o PMLL no Festival do Livro de São Miguel, o quarteirão literário no centro de São Paulo e várias reuniões em bibliotecas públicas. A Fundação contribuiu para este resultado significativo do processo junto ao poder público e passou a integrar o Grupo de Trabalho, antes denominado Grupo de Discussão, como representante de bibliotecas comunitárias, uma vez que atua neste seguimento a partir de sua experiência na gestão em dois espaços comunitários.
Nos trabalhos que se seguiram, por meio dos encontros do GT em 2014, a Fundação participou ativamente na construção de uma estratégia de elaboração democrática do plano e, que garantisse a descentralização do debate e prospecção, atentando para a diversidade de vozes e regiões da cidade, sobretudo as regiões periféricas. Foi elaborado um roteiro de debates para ser utilizado como base nas discussões pela cidade, onde os grupos interessados em participar na construção do plano com propostas poderiam desenvolver suas dinâmicas, percorrendo as questões distribuídas pelos cinco eixos temáticos que irão estruturar o plano.
Além disso, foi pontuada, de forma recorrente, a necessidade de uma intensa participação das secretarias municipais, não apenas pelos seus representantes nomeados para compor o GT, mas também, de forma capilar, assimilando o debate e a promoção de encontros através de seus departamentos e equipamentos na cidade, em destaque, escolas, CEU´s e bibliotecas.
Outro ponto colocado como fundamental, para assegurar a implementação do imenso desafio de estabelecer uma dinâmica participativa numa cidade como São Paulo, foi a garantia, por parte das secretarias de Cultura e Educação, de uma infraestrutura física como salas e equipamentos diversos, uma equipe de funcionários com expediente voltado as demandas diversas do GT e orçamento para custear as demandas materiais e de serviços diversos.
A presença como membro oficial do GT ocorreu até o mês de julho e, foi neste mesmo mês, que a Fundação, com o apoio do SESC Itaquera, promoveu um encontro voltado para bibliotecas comunitárias, no qual foi apresentado o roteiro de debate e uma pesquisa sobre os principais desafios desses espaços. A partir de julho, a Fundação convidou o Instituto Alana para ocupar a vaga no GT. Isso tem permitido que as redes locais voltadas as políticas do livro e leitura possam exercer influencia nas estratégias de articulação e agenda do GT, de modo que, tem possibilitado para as instituições locais acompanharem o andamento do plano.