influência em políticas públicas

Professores orientadores de Informática Educativa e a formação para o ciclo autoral

A reorganização dos ciclos de aprendizagem dentro do Programa Mais Educação trouxe para os professores de 7°, 8° e 9° ano das escolas municipais o desafio do ciclo autoral. A proposta define como diretriz a construção do conhecimento por meio de trabalhos colaborativos autorais, comprometidos com a intervenção social. A proposta visa unir diferentes linguagens e aprendizados em diálogo com a realidade do aluno.

Diante do novo desafio, a DRE São Miguel buscava encontrar uma estratégia formativa para a realização do ciclo autoral. A similaridade entre a metodologia de educomunicação do Núcleo de Comunicação Comunitária da Fundação Tide Setubal e essa demanda possibilitou a reflexão sobre o uso interdisciplinar da tecnologia.

Os Professores Orientadores de Informática Educativa (Poies), que há dois anos participam de formações sobre tecnologia com a Fundação Tide Setubal, foram identificados como os profissionais que poderiam, então, assumir um papel interdisciplinar, apoiando, por meio do uso das tecnologias, o olhar crítico e curioso para o território, com ferramentas capazes de trazer elementos para os trabalhos colaborativos autorais.

O Ciclo Autoral abrange do 7º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Esse ciclo se caracteriza pela construção de conhecimento a partir de projetos curriculares comprometidos com a intervenção social e se concretiza com o Trabalho Colaborativo de Autoria (TCA), elaborado pelo aluno e acompanhado sistematicamente pelo professor orientador do projeto. Alunos e professores se engajarão no processo de elaboração do TCA desde o 7 ano, processo que será concluído no 9º ano. (Programa Mais Educação São Paulo Notas Técnicas sobre o Documento de Referência do Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo.)

Os nove encontros formativos, que reuniram 97 professores, abordaram metodologias de pesquisa para provocar reflexões críticas sobre o território, utilizando diferentes linguagens, como a produção de fotografias, fotonovelas, vídeos, videodocumentários, desenhos, encenações teatrais. Textos inspiradores e experiências de especialistas em geoprocessamento também integraram a formação.

Os Poies assumiram o papel de agentes integradores na interdisciplinaridade, necessária para a criação e elaboração das intervenções sociais dos jovens. Na avaliação da formação, 75% disseram que as atividades apresentaram uma didática inovadora e trouxeram subsídios para atuar no ciclo autoral; 100% identificaram possibilidades concretas de multiplicação do conhecimento com outros professores; e 66,6% afirmaram que o principal desafio é a necessidade de formação continuada.

NÚCLEOS ENVOLVIDOS

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CONFIRA OS DEPOIMENTOS


“A educação é uma canoa que vai longe. É preciso encarar a educação como algo vivo e não morto.”

Michael Pereira Oliveira Fernandes,
EMEF Sud Mennucci

“Os encontros são muito reflexivos e prepositivos, o que permite mudar a prática de ensinar.”

Bernadete Marcelino, EMEF Antonio Carlos de Andrade e Silva

“O que está me ajudando a pensar nos TCAs são esses encontros. Aqui, o que percebemos é que temos uma gama de possibilidades. E essa riqueza de ideias nos faz levantar questões relevantes que surgem no caminho como desafios.”

Gema Galgani Rodrigues Bezerra, EMEF Jurandir Gomes de Araujo

“Os TCAs são uma proposta de aprendizado de fato. Não basta o saber próprio, é preciso que o professor seja didático e crie um diálogo do ponto de vista do aluno.”

Angela Maria Silva Figueiredo, EMEF Presidente Epitácio Pessoa